quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Périplo 2011, Eslovénia - Dia 12: Ljubljana

 
Decidimos que não se justificava mudar de parque de campismo para visitar a capital da Eslovénia, Ljubljana, a cerca de 60 quilómetros. Saindo cedo de Bled, poderia ser que conseguíssemos regressar a tempo para uma banhoca no lago, na praia excelente que tínhamos a um passo do parque. E assim fizemos!




Ljubljana é uma capital de pequena dimensão quando comparada com a maioria das capitais europeias. Por isso mesmo, mantém uma atmosfera "familiar", recatada, sem deixar de ser cosmopolita. É uma cidade romântica. Não no estilo arquitetónico, claro, mas antes nas vivências que parece oferecer aos que a habitam e aos que a visitam mais demoradamente. É uma cidade extremamente fotogénica, fazendo jus à sua toponímia; a cidade que  "se ama" ou "de atmosfera agradável", segundo dois estudiosos da matéria.
 
O centro histórico, em redor do castelo e ao longo do rio Ljubljanica, visita-se rapidamente, se não perdermos os olhos pelos edifícios cuidados, os jovens alegres e bonitos, as pontes floridas, os mercados coloridos e cheirosos, as bicicletas cuidadosamente estacionadas. Um regalo para os olhos! Olhos estes que pusemos em bico quando vimos uma eslovena a encher um frasco com leite do dia num terminal exclusivamente dedicado ao efeito... Nunca visto!
 






Fizemos a subida a pé até ao castelo já um pouco tarde na manhã, o que tornou a tarefa mais sequiosa e lenta. À entrada da fortaleza do século XII, recebe-nos o símbolo da cidade, um dragão, aqui estilizado magnificamente na forma de candeeiro. Subimos à torre para uma visão privilegiada sobre a cidade. Aqui, ficamos a saber que a capital europeia mais distante de Ljubljana é... adivinhem... a nossa Lisboa, o que, para além de alguma surpresa, nos deixou algo orgulhosos da nossa aventura: sim, Moscovo fica a 1930 kms e Lisboa a 2095!
 
Visitámos várias exposições patentes no castelo e brincámos com uma aplicação multimédia que me transformou numa espécie de guerreiro eslavo. Assim, ganhámos coragem para enganar o apetite já escancarado e descemos à cidade, onde ainda nos surpreendeu a Mesarski Most, uma ponte pedestre repleta de cadeados, ali colocados por casais apaixonados prometendo amor eterno...
 
Satisfizemos o apetite cego no Café Romeo: uma salada Caesar e uma tortilla, que partilhámos na esplanada. Ainda procurámos um dos restaurantes sugeridos pelo meu amigo Tom Priestly - o Zlata Ribica (Peixe Dourado) -, mas os preços eram algo proibitivos, ficando-nos a refeição por 60-70 euros, mal regados. Assim, no Café Romeo, matei a secura com duas Union divinais!




 




E ainda chegámos a Bled com tempo para a tal banhoca deliciosa, na companhia de cisnes felizes e a paisagem que os deixa assim.


Ao jantar, recuperámos algumas forças com ovos mexidos com presunto. E ainda tivemos tempo para acelerar a digestão com uma partida de ténis de mesa, antes de cair, quase inanimados, no nosso colchão fofinho...
 
Nota do dia: estas viagens exigem permanecer connosco durante o resto do ano, antes que outra se possa realizar; por isso, vamos preenchendo a memória com as cervejas e vinhos, queijos e enchidos dos países que visitamos, que vamos despachando (estes últimos não duram mais do que umas dezenas de dias, necessariamente) com a contagem dos meses. Foi o que ainda tivemos tempo de fazer no regresso de Ljubljana: deixámos uma centena e tal de euros em líquidos potentes e muito colesterol num supermercado dos arredores de Bled. O carro ficou a abarrotar - prontinho para o início da viagem de regresso.
 
Quilometragem: 3330 (127 no dia)
 
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