terça-feira, 13 de agosto de 2013

Périplo 2011, Eslovénia - Dia 10: sem rota até ao destino almejado

Deixámos a pequeníssima faixa costeira Eslovena em direção aos Alpes Julianos, ao objetivo central da nossa viagem: o lago Bled.
 
Decidimos não seguir um percurso óbvio ou pré-definido, antes virar aqui e ali por estradas que nem o mapa assinalava - ver a Eslovénia "real". Exceção feita à nossa primeira paragem: o castelo de Predjana, após um cafezinho matinal num estabelecimento anexo a um celeiro de construção tradicional. Acabámos por não visitar o castelo (9 euros por pessoa), pois queríamos, sobretudo, desfrutar da paisagem.

No trajeto por entre montes e vales, deparávamos com  tabuletas mimosas indicando as direções (localidades que quase nunca apareciam no mapa). Mas não nos perdemos e à hora do almoço já nos encontrávamos numa estrada mapeada. Parámos em Ziri, no primeiro restaurante que vimos. Pedimos uma pizza de marisco e Svinjska ribica na žaru - medalhões de porco grelhados acompanhados de pão acabado de sair do forno, que barrámos avidamente com manteiga artesanal. Tudo delicioso! Tanto que fizeram a Lili esquecer-se da comichão provocada pelas mordidelas de mosquito...
 



Nova paragem, desta vez mais longa, para visitarmos Škofja Loka, uma cidade de tradição episcopal de pequena dimensão. Deambulámos por entre as muralhas do castelo e passeámos pelas ruas pitorescas situadas imediatamente abaixo, caracterizadas por portões de ferro e batentes magníficos. Um local agradável, mas que não justifica mais do que duas ou três horas do nosso tempo.
 
 

De volta à estrada, fizemos por nos apressarmos, pois queríamos acampar no Camping Bled, junto ao lago de que fez nome - um parque de campismo de 5 estrelas em que não é fácil arranjar lugar após as 3 ou 4 da tarde. Conseguimos um espaço jeitoso, com uma vista geral do parque muito boa. Preparámos o nosso "cantinho" antes de rumar à cidade, na outra ponta do lago, para preparar terreno: planear o que fazer nos dois ou três dias que pretendíamos ali ficar. Não sem antes ser brindado com umas chalaças pela Lili, pois num espaço de minutos fui mordido por duas abelhas! Poucos mosquitos mas mais abelhas em Bled!

Em Bled, fizemos o percurso sinuoso a pé até ao castelo para uma vista geral sobre o lago e retemperámos forças numa esplanada com uma vista soberba. Não podíamos deixar de ficar com o sentimento de termos escolhido o melhor local possível para uns dias deleitosos.

Ao jantar, tivemos salada russa com grão (e sem maionese). E menos 10 graus de temperatura! Tivemos de vestir um casaco leve. Mas estávamos bem!





Nota do dia: em conversa com a jovem funcionária do restaurante em Ziri, a Petra, soubemos que o salário médio na Eslovénia é mais baixo do que em Portugal, mas o custo de vida é algo superior. Penso que a agricultura de subsistência e o turismo têm um papel central no equilíbrio dos orçamentos. Mesmo assim, segundo ela, muitos eslovenos têm de recorrer à Cruz Vermelha para sobreviverem.

Quilometragem: 3125 (+220)

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